segunda-feira, 2 de setembro de 2019


Santa Casa divulga material sobre educação e acolhimento a vítimas de escalpelamento



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Santa Casa divulga material sobre educação e acolhimento a vítimas de escalpelamento A educação para meninas e mulheres vítimas de escalpelamento (acidente no qual o couro cabeludo é arrancado pelo eixo dos motores de barco) é o objetivo do projeto Classe Hospitalar, uma parceria da Secretaria de Educação (Seduc) e Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, que ocorre dentro do Espaço Acolher, uma casa de apoio a vítimas de escalpelamento. O projeto recebeu destaque no estande da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa) por meio da divulgação de material informativo, exposto na noite desta terça-feira(27), durante a 23ª Feira do Livro e das Multivozes. Zilda Saldanha, professora que atua no projeto, explicou que a Classe Hospitalar promove a educação formal das vítimas de escalpelamento, principalmente as meninas, e acontece no Espaço Acolher, que é uma casa de acolhimento que tem o objetivo de hospedar pessoas vítimas de acidentes de vários municípios do Estado do Pará. A Classe Hospitalar ajuda as vítimas escalpeladas de lugares distantes da capital paraense a se manterem estudando, enquanto recebem tratamento médico na Fundação Santa Casa. “Muitas meninas têm vergonha de voltar às aulas e abandonavam os estudos. Então, a parceria com a Seduc dá oportunidade para elas estudarem, não perderem o ano e ajuda também na autoestima dessas garotas”, informou a professora Zilda Saldanha. Entre o material divulgado na Feira do Livro um vídeo, folder e banner mostravam como se dá o trabalho das professoras dentro do Espaço Acolher, além de mostrar também a estrutura de atendimento do próprio espaço. A gerente do Espaço Acolher, a assistente social Luzia Matos, disse que o espaço existe desde 2006 e foi criado inicialmente para o programa de atendimento aos escalpelados, mas que, ao longo dos anos outros programas da Fundação Santa Casa foram sendo acolhidos, como o de lábio leporino, de renais crônicos, entre outros. “O Espaço Acolher atende com serviço social, psicologia e a equipe pedagógica, por meio da Classe Hospitalar, que surgiu quando a espaço saiu de dentro do prédio da Santa Casa e ganhou local próprio”, informou. Luzia Matos ressaltou que a criação da Classe Hospitalar foi uma das melhores coisas que aconteceram, já que muitas vítimas escalpeladas abandonavam os estudos. “Elas vêm e ficam muitos meses hospedadas no Espaço Acolher, mas longe de suas cidades. Elas, quando voltam ao seu município de origem, já levam uma avaliação escolar, completam o ano letivo. Mas a Classe Hospitalar é mais do que isso, o projeto devolve a essas meninas e a outras pessoas vítimas de acidentes, que passam por longos tratamentos, que não se sentiam animadas em ir à escola, o despertar da importância da educação, o desejo de voltar a estudar, de se formar”, disse. Ela destacou ainda que o sonho inicial era apenas garantir a formação até o ensino médio, mas muitas garotas atendidas pela Classe Hospitalar já completaram o ensino superior e estão formadas. “Temos assistentes sociais, enfermeiras, administradoras, e muitas ainda estão nas universidades prontas a se formarem”, finalizou a gerente do Espaço Acolher. 

Texto: Ailson Braga 
Fotografia: Thamiris Dias

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