segunda-feira, 20 de novembro de 2017




CLASSE HOSPITALAR ESPAÇO ACOLHER                DATA: 20/11/2017
PROFESSORA: MICHELINE BANHOS
ALUNAS: ANA ALICE GOMES
                 CARLIANE SILVA
ATIVIDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
TEMA: Dia Nacional da Consciência Negra
OBJETIVO: Refletir com as alunas sobre o respeito aos direitos humanos dos negros na sociedade atual a partir da leitura do texto e resolução de atividade.

Dia Nacional da Consciência Negra
O dia 20 de novembro faz menção à consciência negra, a fim de ressaltar as dificuldades que os negros passam há séculos. A escolha da data foi em homenagem a Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares, em consequência de sua morte. Zumbi foi morto por ser traído por Antônio Soares, um de seus capitães. A localização do quilombo ficava onde é hoje o estado de Alagoas, na Serra da Barriga. O Quilombo dos Palmares foi levantado para abrigar escravos fugitivos, pois muitos não suportavam viver tendo que aguentar maus tratos e castigos de seus feitores, como permanecerem amarrados aos troncos, sob sol ou chuva, sem água e sofrendo com açoites e chicotadas. O local abrigou uma população de mais de vinte mil habitantes.
Ao longo da história, os negros não foram tratados com respeito, passando por grandes sofrimentos. Pelo contrário, foram escravizados para prestar serviços pesados aos homens brancos, tendo que viver em condições desumanas, amontoados dentro de senzalas. Muitas vezes suas mulheres e filhas serviam de escravas sexuais para os patrões e seus filhos, feitores e capitães do mato, que depois as abandonavam. As casas dos escravos eram de chão batido, não tinham móveis nem utensílios para cozinhar. As esposas dos barões é quem lhes concedia alguns objetos, para diminuir as dificuldades de suas vidas. Nem mesmo estando doentes eram tratados de forma diferente, com respeito e dignidade. Ficavam sem remédios e sem atendimento médico, motivo pelo qual inventaram medicamentos com ervas naturais, ações aprendidas com os índios durante o período de colonização.
Algumas leis foram criadas para defender os direitos dos negros, pois muitas pessoas não concordavam com a escravização. A Lei do Ventre Livre foi a primeira delas, criada em 1871, concedendo liberdade aos filhos dos escravos nascidos após a lei. No ano de 1885, criaram a Lei dos Sexagenários, dando liberdade aos escravos com mais de sessenta anos de idade. Porém, com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, foi que os escravos conquistaram definitivamente sua liberdade. O grande problema dessa libertação foi que os escravos não sabiam realizar outro tipo de trabalho, continuando nas casas de seus patrões, mesmo estando libertos. Com isso, a tão esperada liberdade não chegou por completo.

1. De acordo com o texto, podemos afirmar que:
a) existe uma comparação entre a escravidão dos negros e a dos índios. X
b) a escravidão era natural e aceita por todos, inclusive pelos negros.
c) os negros eram bem alimentados para trabalhar melhor.
d) os índios eram responsáveis por cuidar de negros que ficavam doentes.
e) Antes de 1888, nem todos os negros eram livres no Brasil. (CORRETA)

2. Analise as alternativas a seguir acerca de Zumbi:
I – Era conhecido como Antônio Soares.
II – Foi um dos primeiros líderes do Quilombo de Palmares.
III – Em homenagem a Zumbi, criou-se o dia 20 de novembro.
A única alternativa que traz afirmação (ou afirmações) incorreta (s) é:
a) I. (CORRETA)
b) I e II.
c) II.
d) II e III. X                                        
e) I e III.

3. A palavra “menção” na primeira linha do texto pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto e para a correção gramatical por:
a) referência. (X)
b) consequência.
c) orientação.
d) miram.
e) interligação.

4. Embora a libertação dos escravos tenha sido um avanço para o Brasil no diz respeito aos direitos humanos, isso deixou aspectos nada negativos para os negros conforme ilustra o texto?  Justifique sua resposta.

Sim, porque ele deixou de ser escravo, mais continua sendo discriminado pela sociedade.

5. Nos dias de hoje, que problemas existem ainda em relação a esse fato histórico?

O negro sofre discriminação, falta de respeito, é visto como aquele que não estuda, que não trabalha e que tem parte dos seus direitos negados, só por ser negro.


FONTE: https://www.acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-text-dia-nacional-da-consciencia-negra-9o-ano/

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

JOVEM ESCALPELADA ULTRAPASSA BARREIRAS PARA FAZER ENEM ESSE ANO

Desde os 12 anos, quando sofreu um acidente de barco na cidade onde nasceu, Ana Alice, agora com 18 anos, divide sua vida entre os municípios de Belém e Bagre, cidade localizada no arquipélago do Marajó. Há oito anos a jovem faz tratamento e diversas intervenções cirúrgicas para reduzir os traumas do escalpelamento, acidente que sofreu ainda criança quando caiu no motor de uma embarcação que arrancou bruscamente seu couro cabeludo. As informações são do G1 Pará.

Entre idas e vindas, Ana Alice acabou crescendo entre médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e toda a equipe multidisciplinar que lhe atende na Fundação Santa Casa de Misericória do Pará. Mas além de profissionais da saúde, professores também participaram do cotidiano da menina por meio da Classe Hospitalar do Espaço Acolher, ação que integra o Programa de Atenção a Vítimas de Escalpelamento da Fundação, que assegura a educação, em todos os níveis de educação básica e na modalidade Educação de Jovens e Adultos, para esses pacientes e aos acompanhantes das vítimas que ficam hospedados no Espaço.

Aluna regularmente matriculada na Escola Julião Betouso de Castro, em Bagre, Ana Alice foi uma das pacientes que deu continuidade ao aprendizado dos conteúdos regulares na Classe Hospitalar. Dessa forma, ela conseguiu concluir o Ensino Fundamental, concluirá no final deste ano o Médio e tem se preparado para o Enem.

Transpondo barreiras e preconceitos, a jovem agora busca uma nova etapa para sua vida. “Vou fazer o Enem e meu sonho é passar no vestibular. Quero ser assistente social para poder ajudar as diversas pessoas do meu município que tanto precisam de ajuda”, disse.
Mas para realizar esse sonho, ela conta que também tem todo o apoio de sua família. “Meus pais ajudam muito, me apoiam e me deixam despreocupada de tudo para que eu possa me dedicar aos estudos e ao meu tratamento. Aqui tenho professores que me ensinam cada matéria e lá em Bagre tenho o apoio de todos os professores e dos colegas também. Nunca sofri qualquer constrangimento e isso ajuda muito. Quero dizer para as pessoas que passaram pelo mesmo problema que o meu que, independe de qualquer dificuldade, sonhar e acreditar que tudo pode acontecer é a melhor coisa a fazer no meio de tanto sofrimento, por isso, não desistam”, finalizou.

O projeto – Iniciado em 2009, o projeto da “Casa Hospitalar” é executado pela Secretaria de Educação do Pará (Seduc) em nove unidades hospitalares, incluindo o Espaço Acolher da Santa Casa. Denise Soares da Mota, coordenadora do projeto no Espaço Acolher, conta que as vítimas de escalpelamento são oriundas de vários municípios paraenses e que quando recebem alta médica, são encaminhadas para uma avaliação, onde são identificadas todas as necessidades de cada uma das vítimas e uma delas é a de assegurar a educação, em todos os níveis de educação básica e na modalidade Educação de Jovens e Adultos, para pacientes e seus acompanhantes.

“É montado um caderno pedagógico individualizado para cada criança e trabalhamos com multisséries de acordo com as necessidades de cada um. É o caso da Ana Alice, que se divide entre os estudos da sua escola de origem e os daqui. Quando ela faz avaliações conosco sempre enviamos relatórios para a escola de Bagre para que eles acompanhem o que é feito por nós para que os estudos se complementem”, explicou.

No caso da Ana Alice, ela ainda acabou perdendo um ano letivo, quando sofreu o acidente, mas depois que ela entrou na Classe Hospitalar isso não aconteceu mais. Estamos muito felizes com o empenho e a dedicação dela. É uma menina muito esforçada e que se superou. Seu acidente foi muito grave, mas ela vem conseguindo superar todos os obstáculos. Estamos torcendo para seu sucesso no Enem”, finalizou a coordenadora.



Fonte: https://g1.globo.com/pa/para/enem-para/2017/noticia/entre-a-sala-de-aula-hospitalar-e-o-ensino-regular-jovem-escalpelada-ultrapassa-barreiras-para-fazer-o-enem.ghtml