Encontro debate
a educação para prevenção de acidentes
A
Secretaria de Estado de Educação (Seduc) participa, até esta quinta-feira, 24,
em Abaetetuba, no nordeste do Estado, da III Semana Estadual de Enfrentamento
aos Acidentes de Motor com Escalpelamento, cuja programação engloba, também, o
1º Encontro de Educação e Saúde para Prevenção de Acidentes na Navegação
com Escalpelamento e o 2º Colóquio do Atendimento Escolar Hospitalar do
Espaço Escolher.
Os
principais objetivos dos eventos, que estão sendo realizados na sede local do
Ministério Público do Estado, são: difundir a importância da prevenção ao
acidente com escalpelamento e debater com professores, gestores e técnicos da
rede pública de ensino, como deve se dar o atendimento aos alunos que
eventualmente tenham sido vítimas desse tipo de acidente.
A
realização dos eventos em Abaetetuba é simbólica, considerando que a região tem
sido palco de um grande número de acidentes de escalpelamento. E, como o barco
é um meio intensivo de transportes de estudantes, o tema é pertinente à
educação. O evento, que começou nesta quarta-feira, 23, mobiliza a
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Fundação Santa Casa de
Misericórdia, a Comissão Estadual de Erradicação dos Acidentes com
Escalpelamento, a Marinha, o Corpo de Bombeiros e a Seduc. Todos fizeram
exposições sobre a assistência às vítimas dos acidentes.
Educadores
abordaram o trabalho desenvolvido no Espaço Acolher (anexo da Fundação Santa
Casa) que atende vítimas de escalpelamento. São, em geral, meninas e mulheres
que necessitam permanecer em Belém para dar continuidade ao tratamento médico.
No local, elas recebem, além de hospedagem e alimentação, atendimento social,
psicológico, de enfermagem, terapia ocupacional; as atividades escolares são
responsabilidade da Seduc, por meio da chamada Classe Hospitalar, gerida pela Coordenadoria
de Educação Especial da Seduc.
Educação contra
acidentes
“A ação
que estamos realizando pela primeira vez em Abaetetuba visa justamente
apresentar ao município as formas de prevenir o acidente com escalpelamento e
mostrar para professores e agentes comunitários de modo geral como deve ser
trabalhado o retorno da aluna acidentada à escola de origem, como ela deve ser
recebida. São, na maioria, crianças e adolescentes; mas há também mulheres
adultas do programa Educação de Jovens e Adultos”, explicou a professora da
Classe Hospitalar do Espaço Acolher, Gilda Saldanha.
A
gestora da 3ª Unidade Regional de Educação (URE), Edimaria Dias, ressaltou a
importância do evento para a região, que tem muitas comunidades ribeirinhas
atendidas por escolas do Estado. “Nós da rede estadual de Abaetetuba vamos
levar as informações para todas as localidades”, assegurou.
A mesma
ideia tem o professor Antônio Azevedo, vice-diretor da Escola Estadual Benvinda
Pontes, localizada na sede do município, que atende também alunos da zona
rural, ilhas e comunidades quilombolas. Estudam nessa escola 2.100 alunos do
Ensino Fundamental Maior, Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos.
“O escalpelamento é um problema muito grave. E é fundamental que nós,
professores e técnicos, possamos ter as informações corretas para levá-las às
crianças, jovens e adultos”. O professor entende que os próprios alunos podem
ser multiplicadores nas suas localidades, sobretudo em relação à questão da
falta da cobertura do eixo dos motores de embarcações, principal fator de
acidente.
O
técnico em Educação da Seduc, Walter Júnior, também destacou a importância de
discutir esse tema e a relevância do papel da escola. “É extremamente
necessário fazer a prevenção e a sensibilização da comunidade. A Seduc, em
parceria com diversos órgãos, tem desenvolvido muitas ações no sentido de
fomentar a prevenção e contribuir para que essa tragédia seja realmente
erradicada do nosso Estado”, frisou.
A
coordenadora da Classe Hospitalar, Fernanda Borges, explicou que, em média, são
atendidos por mês, em cada Classe, incluindo o Espaço Acolher, cerca de 60
alunos. Ela anunciou que, nos próximos meses, serão realizadas formações
específicas para cerca de 100 professores de municípios ribeirinhos, em
parceria com a Marinha, no sentido de que essa temática seja inserida no
currículo escolar permanentemente. “Vamos iniciar esse trabalho com professores
dos municípios mais atingidos pelo problema para depois expandir as discussões,
até que tenhamos o tema definitivamente no currículo escolar”, antecipou.
Por Elck
Oliveira
Fonte:http://agenciapara.com.br/Noticia/151926/encontro-debate-a-educacao-para-prevencao-de-acidentes
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